segunda-feira, 12 de agosto de 2013

A cidade dos pais do Edu

Aqui no Norte, temos um famoso provérbio Ch'timi:

"Un étranger qui vient dans le Nord pleure deux fois : quand il arrive, et quand il repart."
"Um estrangeiro que vem ao Norte chora duas vezes: quando ele chega e quando ele parte."

Isso porque, ao chegar, você chora ao ver o clima. Mas, depois de se acostumar com o calor das pessoas, não há como não chorar ao ir embora.

No meu caso, chorei só uma vez. O tempo estava bonito, não precisei chorar ao chegar.

Casa dos pais de Edu, em Clenleu

É uma pequena cidade de 183 habitantes (sim, cento-e-oitenta-e-três) na belíssima região de Pas-de-Calais. Os pais e grande parte da família de Edu moram aqui perto, então viemos visitá-los. Pegamos um trem, a viagem é de duas horas e meia até lá.

Para começar, estou encantadíssima com a beleza de tudo. É tudo belo demais para descrever em palavras. Toda a natureza, as paisagens, os animais, as comidas, as pessoas, tudo muito pitoresco, muito acolhedor. 

A família de Edu me recebeu tão bem! Senti-me honrada de ter a chance de encontrá-los. Os pais dele são super simpáticos, foram super pacientes comigo e com o meu francês. E também todas as outras pessoas que eu encontrei. Eu tive a chance de experienciar refeições maravilhosas, ter experiências únicas e ganhei tantos presentes... 

Mas, acima de tudo, o que mais me encantou foi o acolhimento: realmente me senti em casa, à vontade. Me senti realmente em família.

Quando chegou a hora de ir embora e percebi que eu não saberia quando iria poder voltar, me bateu uma saudade... daquelas saudades fortes, de apertar o peito, que não vão embora. Aí comecei a chorar, chorar, chorar. Chorei a viagem inteira. 

E só de lembrar, já me embarga a voz. Não estou acostumada a sentir saudades assim, seriam os brasileiros que se apegam fácil demais?

Só sei que tudo por lá vai me deixar saudades.

Aqui, tudo são flores!

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