terça-feira, 6 de agosto de 2013

Aqui

Pois é. Cheguei.

E estou muito feliz. Indescritivelmente feliz. Não quero mais ir embora.

A França é linda, a cidade do Edu é maravilhosa, as pessoas são simpáticas e tudo é muito acolhedor. Me sinto muito bem-vinda. E, claro, nem consigo descrever como é bom reencontrar o menino que eu amo, depois de quase cinco meses separados. Estou mesmo muito feliz.

Muita coisa aconteceu, então vou contar por partes.

Viagem


A viagem foi tranquila. Antes de ir embora, minha amiga Mandy veio me ver no aeroporto. É sempre muito bom quando alguém vem nos ver minutos antes de embarcarmos - sentimos que, quando voltarmos, tem gente lá, nos esperando de braços abertos. Obrigada, Mandy ♥


Eu tinha dois voos a pegar: um para São Paulo, e o outro direto para a França. O primeiro atrasou quase meia hora, mas nada que me impedisse de pegar o segundo.
Por alguma razão, eu tinha uma crença de que algo iria dar errado. Eu não sabia bem o quê - a imigração podia não me aceitar, o avião podia cair, o aeroporto podia fechar... -, mas algo não parecia bem. Bateu uma insegurança violenta.

Aí, quando eu estava na fila da imigração, pronta para entrar na zona de embarque e ir pra França, fui pegar o passaporte e... cadê? Passei um susto enorme, procurei por tudo, tirei todas as coisas da minha mala e nada do bendito. Comecei a suar frio e aí, para ajudar, lembrei que a passagem estava dentro do passaporte. Minha vida passou diante de meus olhos... Adeus, França.

Saí da fila e fui à área do detector de metais, na esperança de tê-lo esquecido lá e de ninguém de má-fé tê-lo descoberto. E, realmente, cheguei lá e avistei de longe aquele livrinho azul... ufa! Foi um reencontro emocionante. Não me desgrudei mais dele até o fim da viagem.

Quando entrei no avião, o capitão da aeronave começou a falar comigo em francês, e aí caiu a ficha que eu realmente estava saindo do meu país, indo para lá. Calma, respira... eu estava mesmo muito nervosa.

Antes de embarcar, eu estava me sentindo até que segura com meu francês, achava que eu me viraria bem. Mas foi só entrar em contato com gente que falasse francês que eu virei analfabeta. Foi engraçado, cada vez que eu tinha que falar com os comissários de bordo, saía uma bizarrice. (depois, quando cheguei aqui, acho que meu francês voltou ao normal. Foi só a insegurança repentina do momento, mesmo)

No avião, eu peguei um dos últimos assentos, para poder admirar melhor a paisagem. Mas descobri também que o fim do avião é muito barulhento. Que fique o conselho, quanto mais à frente, melhor. Eu não dormi quase nada.

E também, por algum motivo, eu estava muito estabanada. Durante o jantar, derrubei meus talheres. No café da manhã, derrubei metade da bandeja. Gente, que coisa constrangedora.

Aí, quando finalmente cheguei (a viagem pareceu durar uma eternidade. Eu estava mesmo muito ansiosa), eu nem conseguia respirar de tanto nervosismo. Fazia tempo que eu não via o Edu, eu nem sabia como iria reagir.

Mas bem... foi só olhar para aquele menino lindo que me acalmei. E o resto é história.

Um comentário:

  1. Ah! Tadinha!!! Quase perder o passaporte e a passagem,sentar nos fundos do avião, derramar café da manhã... Judiação...da titia

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